O que é um quasar?


Um Quasar (quasi-stellar radio source ou fonte de rádio quase-estelar) é um objeto astronômico distante e poderosamente energético com um núcleo galáctico ativo, de tamanho maior do que o de uma estrela, porém menor do que o minimo para ser considerado uma galáxia. 

Os primeiros quasares foram descobertos na década de 1950, sendo registrados como fontes de emissão de rádio, a maioria como um objeto visível correspondente. Usando pequenos telescópios em conjunto com o telescópio Lovell como um interferômetro, foi demonstrado que os quasares tinham um diâmetro angular muito pequeno no céu. Pouco a pouco, na década de 1960 principalmente, foram sendo identificados diversos desses objetos, como o 3C 48 (uma fonte de rádio associada a um objeto óptico). Após examinarem o objeto, astrônomos concluem que o objeto é totalmente anômalo, algo como jamais visto antes, desafiando a astronomia da época. 

Mais tarde descobriu-se que nem todos os quasares vinham associados a uma forte emissão em rádio (apenas 10% tinham a característica). Por algumas décadas houveram várias especulações sobre a natureza dos quasares, como a de que eles eram feitos de uma antimatéria estável desconhecida, ou de que eles eram um buraco branco no fim de uma buraco de minhoca, isto é, um "túnel" entre o espaço. 

Mais e mais descobertas vieram até que atualmente aceita-se que estes são objetos muito distantes e existiam muito mais no universo primitivo, tendo assim características específicas do tempo que o universo era mais quente e denso. 

Um quasar duplo (0957 +561) chegou a confirmar a existência das lentes gravitacionais, previstas pela Teoria Geral da Relatividade de Einstein.

Exemplos de lentes gravitacionais.
Note que alguns objetos podem ser vistos mais de uma vez.
A enorme luminosidade dos quasares resulta dos discos de acreção de buracos negros centrais supermassivos, que podem converter cerca de 10% da massa de um objeto em energia (o Sol faz isso com 0,7% de sua massa).

Explica-se a maior quantidade de quasares no universo primitivo pelo fato de que, para produzir toda essa energia, é necessário bastante massa, e no universo antigo ela era mais abundante, tendo se consumido ao longo do tempo da história das galáxias. A Via Láctea também pode ter tido um núcleo ativo.

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